A Alegorização do Petróleo no Romance Angolano A Montanha da Água Lilás

Autores

  • Caio Ricardo Faiad Universidade de São Paulo
  • Daisy de Brito Rezende Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.56117/resbenq.2022.v3.e032206

Palavras-chave:

Análise literária, História de Angola, Literatura Angolana

Resumo

A incorporação da Lei 10.639/2003 à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) aprimora a premissa da formação cidadã prescrita na Carta Magna da Educação ao promover, dentre outras tantas, a superação dos mitos negativos em relação à África. O objetivo deste trabalho é apresentar uma leitura crítica da obra infanto-juvenil A Montanha da Água Lilás: fábula para todas as idades, do escritor angolano Pepetela, que possibilite o planejamento de atividades para o ensino de Química no Ensino Fundamental nos termos das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Uma vez que a literatura transfigura a realidade, o presente trabalho apresenta uma análise e interpretação, levando em consideração os níveis de representação química e aspectos relativos à abordagem CTS (filosófica, sociológica, histórica, política, econômica e humanística). A análise pormenorizada do texto revela “água lilás” como a alegoria do “petróleo”, um recurso natural importante na economia angolana. É característico da literatura infanto-juvenil o uso como instrumento manipulado por uma intenção educativa, portanto, o desvelamento da figura de linguagem faz com que a obra analisada nesta pesquisa tenha grande potencial no âmbito educacional nas disciplinas de Ciências/Química ao mesmo tempo que se possibilita o rompimento de estereotipias em relação ao continente africano, conforme prevê a legislação educacional brasileira.

Publicado

2022-07-25

Edição

Seção

Artigos Científicos